Se
há coisa que me aborrece é a incompetência. Considero-me uma pessoa que se
consegue abstrair com facilidade do mundo envolvente, mas não consigo deixar de
me arrepiar com a incompetência.
Neste
momento, e como muitas pessoas acredito, não estou a passar por uma muito boa
fase da minha vida profissional e creio que grande parte do meu desgaste
psicológico seja devido à incompetência alheia. Doença que se transformou numa
pandemia nas empresas, e não só.
Desde
a empresas que funcionam sem chefes qualificados para dar apoio, a locais que
contratam funcionários sem dar a respectiva formação, tenho imensos episódios
para contar, e não é com felicidade que digo isto...
O
típico encolher de ombros quando questiono se será assim que se faz determinada
coisa, ou a típica resposta “Não sei pergunta à Joaquina”, são coisas que me
fazem entrar em ebulição, conter o refluxo gástrico e ter um episódio onde me
vejo a dar um triplo mortal seguido de um golpe na jugular à “Joaquina” (que só
por acaso é um nome escolhido completamente ao calhas). Mas como não posso
fazê-lo, escolho por respirar fundo, fechar os olhos e contar até 10 em japonês
(língua que me obriga a desligar momentaneamente o cérebro para prestar atenção
apenas à sua dificuldade), viro costas e regresso à minha posição, sem saber o
que fazer na mesma.
É
graças à incompetência alheia que me tornei tão boa no que eles gostam de
chamar de autonomia LOL, porque praticamente tudo o que aprendi a fazer nestes
locais foi sozinha e de facto, tornei-me autónoma muito depressa.
Eu
não sou perfeita, ninguém é; No entanto, há uma diferença entre as pessoas que
utilizam o cérebro para o que ele serve na realidade, e pessoas que o utilizam para
fazer equilíbrio à coluna vertebral (pois uma caixinha vazia no topo da cabeça
tornava o resto do corpo numa coisa desengonçada creio eu).
Em todas as coisas
que me pedem, eu tento sempre aplicar-me ao máximo e se não sei, eu vou
procurar saber. Custa-me ver que há tanta gente que vive a vida dia após dia, a
fazer o que lhes mandam “porque sim” sem sequer perceberem se o que estão a
fazer faz algum sentido ou não.
E
depois quando surge um problema? Ai quando surge um problema, é uma coisa
horrível...ninguém sabe como se faz, ninguém pode ajudar, “não sabemos” é
sempre a resposta mais fácil.
Devo
referir, que isto trata-se apenas da minha opinião. Não sou conhecida pela
minha sensibilidade e se por acaso alguém lê aquilo que escrevo, peço imensa
desculpa se ofendi alguém. Não foi de todo a minha intenção J
Só
precisava de vir aqui aliviar os meus pensamentos nesta matéria, para não
andarem em circuito fechado! Eles têm vontade própria e devemos obedecer.
E
agora despeço-me mais leve, até porque tenho de ir passar a ferro!
*Beijinhos*
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