É
desesperante chegar a um ponto da minha vida em que estou cheia de dúvidas
existenciais! A fase da adolescência já passou, miga...se calhar era melhor
deixares-te disso!
Pois
é mais fácil dizer do que fazer, neste caso escrever. Nesta fase, acho que já
devia ter mais ou menos noção do que queria fazer com a minha vida no futuro:
se encontro um novo trabalho onde seja melhor tratada e menos explorada (boa
sorte com isso!), se me vou especializar em alguma coisa que goste, ou se não
sigo nenhuma das duas e vou para o Tibete fazer um retiro religioso.
O
grave da coisa é que todas elas me parecem muito boas opções...só que não.
Estou impedida de exercer qualquer actividade profissional, por razões do foro
psicológico (bastante visível, acho eu), e esta é uma excelente altura para
pensar no que fazer e que acções tomar.
Tenho
alguns processos de recrutamento em andamento, mas se for o mais sincera possível,
eu não quero voltar a trabalhar nestas coisas novamente...simplesmente não
tenho coragem!
Sair duma situação má e ir meter-me numa semelhante, onde só
muda o nome da empresa não me parece uma decisão inteligente.
Critiquem-me o
que quiserem: posso não saber o que quero, mas sei o que não quero com toda a
certeza. Atingi o meu prazo de validade como funcionária de BackOffice (como
gostam de chamar): para mim chega de levar com gente que gosta de passar mais
tempo a tentar ver onde posso escorregar para me verem cair, de ter chefes e
formadores incompetentes que sabem menos que eu, de trabalhar na ilusão de
acreditar que nas primeiras semanas a minha entidade patronal acha mesmo que eu
sou uma “pessoa” e importa-se comigo dessa forma, para depois perceber que sou
carne para canhão e sou mais uma Maria no meio de todas as outras Marias (nome
escolhido totalmente ao acaso, devo referir).
Pensando
assim, parece-me uma decisão bastante fácil de tomar e na realidade até é, e
graças à minha natureza impulsiva eu consigo tomá-la sem pensar muito. E depois
sou assombrada pelo famoso “Sentimento de Culpa”, em que eu nos minutos/horas
que se seguem começo a massacrar-me: que devia deixar de ser
menina, engolir e dizer que sim, porque na realidade pessoas que têm este tipo
de currículo traçado não têm outra hipótese sem ser isto.
Devo referir, que
este "jogo" psicológico é tudo fruto da minha cabeça e nunca ninguém próximo
de mim o fez, antes pelo contrário. São sempre os primeiros a dizer que não
devo ceder a este tipo de pressão, e que não me devo desgastar com quem não se
importa comigo. Pois...tarde demais!
A
decisão de voltar a estudar está feita, e até pensei que isso me fosse dar
alguma segurança. Mas quando estou nestes momentos, dúvidas e dúvidas
apoderam-se da minha cabeça, e resulta num post de mais de 500 palavras (que
ninguém irá ler).
O
tempo fora que me foi concedido, não por um bom motivo claro, vai ser precioso
nesta decisão que tomei, porque vou poder concentrar-me a 100% no futuro e em
algo que irá ser benéfico para mim.
Amanhã
vai ser melhor, e vou ter tempo para curar estas dúvidas e confusões que anos
de desgaste psicológico (e físico também), criado por maus ambientes, más
gestões, e incompetência alheia, plantados na minha cabeça.
Por
hoje, ficamos assim. Vou lanchar qualquer coisa, para ver se passa!
*Beijinhos*
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