09/05/2016

Dia 3 - Dúvidas Existenciais

É desesperante chegar a um ponto da minha vida em que estou cheia de dúvidas existenciais! A fase da adolescência já passou, miga...se calhar era melhor deixares-te disso!

Pois é mais fácil dizer do que fazer, neste caso escrever. Nesta fase, acho que já devia ter mais ou menos noção do que queria fazer com a minha vida no futuro: se encontro um novo trabalho onde seja melhor tratada e menos explorada (boa sorte com isso!), se me vou especializar em alguma coisa que goste, ou se não sigo nenhuma das duas e vou para o Tibete fazer um retiro religioso.

O grave da coisa é que todas elas me parecem muito boas opções...só que não. Estou impedida de exercer qualquer actividade profissional, por razões do foro psicológico (bastante visível, acho eu), e esta é uma excelente altura para pensar no que fazer e que acções tomar.

Tenho alguns processos de recrutamento em andamento, mas se for o mais sincera possível, eu não quero voltar a trabalhar nestas coisas novamente...simplesmente não tenho coragem! 
Sair duma situação má e ir meter-me numa semelhante, onde só muda o nome da empresa não me parece uma decisão inteligente. 

Critiquem-me o que quiserem: posso não saber o que quero, mas sei o que não quero com toda a certeza. Atingi o meu prazo de validade como funcionária de BackOffice (como gostam de chamar): para mim chega de levar com gente que gosta de passar mais tempo a tentar ver onde posso escorregar para me verem cair, de ter chefes e formadores incompetentes que sabem menos que eu, de trabalhar na ilusão de acreditar que nas primeiras semanas a minha entidade patronal acha mesmo que eu sou uma “pessoa” e importa-se comigo dessa forma, para depois perceber que sou carne para canhão e sou mais uma Maria no meio de todas as outras Marias (nome escolhido totalmente ao acaso, devo referir).

Pensando assim, parece-me uma decisão bastante fácil de tomar e na realidade até é, e graças à minha natureza impulsiva eu consigo tomá-la sem pensar muito. E depois sou assombrada pelo famoso “Sentimento de Culpa”, em que eu nos minutos/horas que se seguem começo a massacrar-me: que devia deixar de ser menina, engolir e dizer que sim, porque na realidade pessoas que têm este tipo de currículo traçado não têm outra hipótese sem ser isto. 

Devo referir, que este "jogo" psicológico é tudo fruto da minha cabeça e nunca ninguém próximo de mim o fez, antes pelo contrário. São sempre os primeiros a dizer que não devo ceder a este tipo de pressão, e que não me devo desgastar com quem não se importa comigo. Pois...tarde demais!

A decisão de voltar a estudar está feita, e até pensei que isso me fosse dar alguma segurança. Mas quando estou nestes momentos, dúvidas e dúvidas apoderam-se da minha cabeça, e resulta num post de mais de 500 palavras (que ninguém irá ler).

O tempo fora que me foi concedido, não por um bom motivo claro, vai ser precioso nesta decisão que tomei, porque vou poder concentrar-me a 100% no futuro e em algo que irá ser benéfico para mim.

Amanhã vai ser melhor, e vou ter tempo para curar estas dúvidas e confusões que anos de desgaste psicológico (e físico também), criado por maus ambientes, más gestões, e incompetência alheia, plantados na minha cabeça.


Por hoje, ficamos assim. Vou lanchar qualquer coisa, para ver se passa!

*Beijinhos*

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